domingo, 29 de dezembro de 2013

Castelo para Gigantes

Porque fazes os teus negócios com gente tão grande?
Aposto que nunca viste um do seu tamanho na multidão
Mas quem sabe o que será se até a sua mão inchada expande
Quando o seu nariz condicionado tem comichão

E se ele espirrar sobre todos os teus pequenos portefólios
O que vai ser das tuas crónicas que são quase uma rebelião?
E se ele tocar com os seus dedos gigantes nas tuas costas
Será que os teus soldados da paz feitos de tiras de papel
Vão manter a sua formação?

Anda, como te podes queixar da varanda do seu castelo
Diante da porta estranhamente larga para a tua anatomia
Agitando a tua caneta como um martelo
Por favor seu bobo sem corte, faz lá magia!
Só mais uma vez, é miseravelmente singelo
Porque tu sabes que se lá quisesses voltar, ninguém te impediria.

Anda, tu sabes que do outro lado não se come bem mas é honesto
Mas acaso achas que é fácil para os cães uivar
Achas que a natureza lhes paga o gesto?

1 comentário:

  1. poema fechado com chave d'ouro,
    métrica encadeada.
    Não posso falar muito mais, se não dizer que senti o poema. continua.
    Relativamente ao teu comentário no blogue onde escrevo, o que querias?
    obrigado.

    ResponderEliminar