sexta-feira, 20 de junho de 2014

cabaret voltaire (nadadanada)

seis loucos logo foram federados
como construtores, que quem quer que fosse,
nada sabia sobre seis loucos (ora tolos),
a horas mal dadas por dada
e por Blabla e com palavras
caras e ricas e pouco dignas
de quem se pinta como
um não-pintor
não-escultor
não-escritor
não-artista
artista.

o que é certo e sabido é que
para cuspir nos -ismos
e para especar a destruição ao espelho
e falar docemente "olá amor
no fim comes-me como mais queres"
hão-de lá eles estar,
prontos a repulsar
e a reusar
e a recriar
e a reusar
e a alimentar-se do que quer que seja nutritivo da rejeição,
porque na face da aceitação,
desta vez do outro lado da galeria,
sem espelhos nem rodeios,
só é preciso um olhar de aprovação
para cravar o fim do sim-sim/não-não
e da corrida de cavalos por diversão.

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